Circuito Praia Limpa de Corridas 2012 – Etapa São Sebastião

http://corridapraialimpa.com.br/sao-sebastiao

 

Geral: 203ª corrida 2012: 3ª corrida

Data: 22/01/2012 – 8h02min (domingo)

Local: Praia de Juqueí – São Sebastião/SP

Distância: 5,21 km (36ª) plano

Tempo: 27:40

Velocidade Média: 11,30 km/h (3,14 m/s)  Passo: 5:18down(-10,32%)

Pontos (Tabela Húngara): 122

Temperatura: dia claro, 26ºC

Valor da Inscrição: grátis

Número de peito: 168

Tênis: Mizuno Wave Creation 12 cinza/lima (11)

 

Colocações:

Geral: 40º (de 142) 28,17%

Masculino: 33º (de 80) 41,25%

Categoria 45-49 anos (por erro deles): 6º (de 9) 66,67%

 

Resultado na Web:

https://www.superinscricoes.com.br/resultados.php?id_cliente=58

 

Medalha:

medalha

 

Camiseta:

SolidCaptureImage16684125

 

Foto:

 

Álbum de Fotos (Facebook)

Álbum de Fotos (Flickr)

Vídeo:

 

Relato:

Wordle: Circuito Praia Limpa - São Sebastião

Tal qual em qualquer outra das minhas sete temporadas anteriores como corredor, esta de 2012 também não vai ser, é claro, só de êxitos. Vão, inevitavelmente, acontecer corridas muito boas como as duas primeiras do ano, corridas muito ruins (espero que poucas!) e também, como a desse domingo, minha segunda e última etapa do circuito litorâneo (que lamentavelmente esqueceu que cidades como Caraguatatuba e Ubatuba também fazem parte da bela costa paulista), algumas corridas muito mais ou menos. Fundamental será compreender e lembrar que nem todo dia é dia... E fazer desses dias que não são, motivação para que os próximos possam ser.

 

Confesso que fiz a inscrição para essa etapa meio por impulso, sem muito pensar. O plano original era encarar pelo segundo ano seguido as colinas sul-mineiras de Paraisópolis. Mas isso, ao menos no meu caso, seria uma temeridade. Janeiro, princípio de temporada, é tempo de reconstruir e recomeçar. E de deixar os desafios de maior porte para seu devido tempo, melhor preparado para eles. Quase desisti quando descobri quão distante ficava a tal praia de Juqueí (ou Juquehy, como fica mais chique nas tabuletas). Se fosse para viajar sozinho, trocaria por uma manhã de sono numa boa. Mas os amigos estavam animados. E animação, vocês sabem, é contagiosa. Dois carros, cada qual com cinco ocupantes malucos do asfalto no mais literal sentido da expressão, deixaram os arredores do PS do Parque Industrial na alta madrugada, pouco depois das 4h30. Vá gostar disso assim lá longe!

 

A viagem foi demorada, mas tranquila. No caminho, quando nos deparamos com uma enorme fila de viaturas de polícia no sentido contrário, já sacamos de cara que era hoje o dia escolhido para a desocupação do Pinheirinho. E não estávamos mesmo enganados. Quando o dia amanheceu em belas cores, fomos brindados com a beleza das paisagens das praias entre Bertioga e São Sebastião (optamos propositalmente por não usar a Tamoios), que eu ainda não conhecia nem de passagem. Quando deixamos a estrada, o caminho até a praia virou rally, mas ainda assim chegaríamos até o local da concentração quase com a tradicional hora de antecedência. A fila do kit era muito menor que a da semana anterior, na cidade vizinha. Mas a bagunça era bem maior. No meu envelope do chip, como em muitos outros, o nome até estava certo, mas o sexo trocado (ainda bem que de forma indolor e não traumática!), a idade ampliada em sete anos (sacanagem com o já tiozinho aqui!) e a equipe era outra, de uma acquademia. Pô, capita! Você sabe que eu não sou “desertor”, né?

 

Cumprimentamos os amigos ali presentes e, relax, voltamos ao ponto de estacionamento para os rituais preparatórios, sem qualquer preocupação com o horário da largada. Contando com um atraso equivalente ao do domingo passado, quiçá ainda maior, por conta das reclamações com erros como o citado acima e procedimentos para a correção deles. Ledo engano. Faltando ínfimos (e arriscados) quatro minutos para o horário regulamentar, resolvemos nos dirigir de novo à praia, que já nos tinha apavorado, com sua areia muito fofa, ao primeiro contato. Quando o Seneval, ouvindo o som de buzina náutica, perguntou “será que já deram a largada?”, é que caímos na real que tínhamos dado uma bobeira das grandes. Como diz a molecada nas redes por aí, #EpicFail.

 

Aí, foi tão desesperador que chegou a ser cômico. Saiu todo mundo disparado rumo ao pórtico, uns duzentos metros adiante, e à caça dos demais competidores, que já começavam a sumir no horizonte. Tudo isso num piso macio, afundando pés e complicando à beça qualquer tentativa de ganho de velocidade. Quando pisei o tapete e disparei o cronômetro, já estava com meio palmo de língua para fora. Mas disposto a não deixar, nem isso e nem nada, estragar o meu prazer e a minha diversão. A culpa, o vacilo, afinal, tinha sido nossa mesmo... A largada havia sido pontual, como deve sempre ser, aliás.

 

Seria difícil encarar uma prova de tiro curto como aquela, de supetão e sem qualquer preparação, como um bom (ou mesmo razoável) aquecimento, por exemplo. Mas o jeito era tentar fazê-la assim mesmo, da melhor maneira possível. A areia, felizmente, ganhava alguma consistência mais perto da linha d’água, ficando um pouquinho menos intransitável. Mas, em alguns pontos, a inclinação do terreno, mesmo leve, complicava ainda mais, fazendo um pé ficar mais alto que o outro. Não tinha como não relembrar a Maratona das Praias de 2009, que eu descobrira durante a semana, inclusive, que terá uma nova edição em maio deste ano (e que eu não vou poder participar, porque é apenas uma semana depois de BH!). Guardadas as devidas proporções.

 

O percurso estava invertido em relação ao mapa divulgado no site do evento, que indicava ida pela rua e volta pela praia, o que cheguei, inclusive, a comentar com os companheiros. E, quando o relógio indicou o primeiro quilômetro, não vi placa nenhuma correspondendo a ele. Só estranhei mesmo a marca. O susto da largada inesperada e como retardatário tinha rendido não só um sem número de ultrapassagens, mas também formidáveis 4’37’’ para aquele tipo de terreno. Infelizmente, eu sabia que era algo impossível de manter na prática. Diminuí naturalmente e fui alcançado pelos companheiros de equipe Zebra, Camilo e Seneval, aos quais desejei boa continuidade de prova.

 

Bonito não era apenas o cenário da viagem. Juqueí ficava longe pra burro, mas sua recompensa era um visual deslumbrante, águas limpinhas, transparentes e muito convidativas para um belo mergulho. Correr em uma paisagem daquelas não era, definitivamente, coisa para todo dia. O negócio, então, era curtir bastante o passeio. Inspirado, tentaria repetir a boa atuação do primeiro quilômetro e dos trajetos inteiros das duas provas anteriores a essa. Mas sentiria o grau de dificuldade maior desse trajeto de hoje. A segunda parcial seria bem mais modesta e já acima dos 5 x 1, se bem que por dois segundos apenas. A expectativa era de tentar me recuperar no caminho de volta, teoricamente mais fácil, pela suposta estabilidade do piso.

 

Quando o Zé Roberto, nosso motorista da rodada, me alcançou no corredor sombreado (com menos de cinquenta metros, mas que já serviu para aliviar momentaneamente o calor) de ligação da praia à rua que a seguia paralelamente, eu ainda tinha esperanças de fazer uma segunda metade melhor que a primeira. Mas a veria frustrada. O piso era de paralelepípedos, bastante irregular e induzindo quase sempre a subidas estratégicas na calçada. Para piorar, o cadarço desamarrou (sempre o pé do chip!) e obrigou a uma parada que custou preciosos segundos. O ânimo despencou. Nem olhei para o relógio e só veria o tamanho do estrago (5’52’’) da terceira parcial ao final da prova.

 

Aí, paciência... Não tinha outra coisa a fazer que não voltar. Resignado pela perda da chance de cravar um terceiro bom resultado seguido nesse começo de temporada. Mas não deixando também a coisa virar dramalhão. As parciais seguintes, influenciadas também pelo terreno meio acidentado, seriam na casa dos 5’30’’/km. Ver carros transitando ao nosso lado, sem qualquer controle de tráfego, deu certa preocupação e vontade de sugerir, se a prova voltar a acontecer no próximo ano, um caminho de retorno também pela praia.

 

Quando os staffs indicaram o caminho à direita e a placa dividindo os que já terminariam e os que apenas começavam a segunda volta, dei graças por fazer parte do primeiro grupo e quase tirei os tênis, como fizera no final dos 42 km em Bertioga para correr os últimos duzentos metros além dos 5 km previstos. Não chegou a ter cara de sprint, mas foi uma boa acelerada para encerrar dignamente a minha participação, aplaudido por minha esposa Janete. O resultado, na casa dos 27’, ficou longe de me deixar contente ou satisfeito. Mas mais distante ainda de me desanimar. Sigo firme, forte e muito confiante, rumo aos meus objetivos dessa temporada de 2012.

 

A medalha (como a camiseta), conforme esperado, era irmã gêmea da recebida em Bertioga, sete dias antes. Não havia sequer uma fita de cor diferente que pudesse ser usada para diferenciar uma da outra. A mesa de frutas continha os mesmos artigos, embora desta feita, não fosse do tipo self-service, mas com uma unidade de cada entregue pelos staffs. Recuperado, após cumprimentar os já concluintes, aplaudir e fotografar a chegada dos que optaram pelas duas voltas, retornei à esquina para escoltar a companheira de equipe Roseli, incentivando-a nos metros finais, pelo trecho difícil de areia mais fofa.

 

Missão cumprida, caí na água para dar aquela refrescada. Pena que não pude aproveitar o convite do Giovani para esticar o programa com o churrasco. Mas fiquei feliz pelo passeio, pela companhia dos amigos, por conhecer um novo cenário para correr e por mais uma dobradinha, a primeira do ano. A segunda, mais inusitada ainda, acontece na próxima quarta-feira, aniversário de São Paulo. Faço a prova comemorativa às 8h (na distância menor, claro!) e corro mais um pouco para encarar, pela segunda vez, uma escalada ao topo de prédio, dessa vez, no Edifício Abril. Uma horizontal, outra vertical. E ambas na boa.

 

Percurso:

 

Altimetria:

 

Gostei: ok

do percurso, mesmo invertido, do cenário, da largada pontual, mesmo com o nosso vacilo

 

Não gostei: nok

da bagunça com os nomes e categorias, de dividir espaço com carros, do piso irregular do caminho de volta, da medalha idêntica à da etapa anterior

 

Avaliação: (1-péssimo 2-ruim 3-regular 4-bom 5-excelente)
- Inscrição: 5 (gratuita e pela internet)
- Retirada do kit pré-prova: 3 (no dia da prova e quase sem fila, mas com bagunça geral nos nomes e categorias)
- Largada: 4 (pontual, mas faltou um sistema de som eficiente para avisar os incautos como nós)
- Hidratação: 4,5 (igual à etapa em Bertioga, postos suficientes, com copos e garrafas, mas não muito bem distribuídos no percurso)
- Percurso: 4 (muito bonito, apesar do grau de dificuldade pela areia fofa na ida; na volta, o piso irregular atrapalhou bastante)
- Sinalização: 3 (só vi as placas da volta)
- Segurança/Isolamento do percurso: 3 (mesmo com pouco trânsito, foi meio complicado dividir espaço com os carros; era melhor ter feito ida e volta pela areia mesmo)
- Participação do público: 3 (pouca gente, arena espalhada, banhistas alheios)
- Chegada/Dispersão: 5 (dispersão ao final da volta bem sinalizada e orientada, chegada tranquila)
- Entrega do kit pós-prova: 3,5 (entregue sem sacola)
- Qualidade do kit pós-prova: 4,5 (já vi provas gratuitas com mais e melhor, mas sigo achando que não dá para reclamar)
- Camiseta: 3,5 (igual à outra, vai virar presente para alguém)
- Medalha: 2,5 (confirmada a suspeita: idêntica à anterior, nunca saberei qual é qual)
- Divulgação dos resultados: 2 (no mesmo dia, com tempo único, permitindo pesquisa mas também formato lista, mas mantendo a bagunça da entrega dos kits)

Média: 3,63

Viagem:
152 km, 3 pedágios (ida - Ayrton Senna/Guararema, volta - Ayrton Senna/Guararema e Carvalho Pinto/SJC)
SP-070 (Carvalho Pinto e Ayrton Senna) até Guararema
SP-066 (Henrique Eroles) até Mogi das Cruzes
SP-098 (Dom Paulo Rolim Loureiro)/SP-055 (Manoel Hipólito do Rego)
São José dos Campos/Juqueí


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