Corrida da Longevidade São José dos Campos 2014

http://www.corridadalongevidade.com.br

 

Geral: 304ª corrida 2014: 16ª corrida

Data: 08/06/2014 – 8h00min (domingo)

Local: Parque da Cidade Roberto Burle Marx – São José dos Campos/SP

Distância: 6 km (33ª) plano

Tempo: 32:51 (líquido, 32:50 na minha cronometagem) e 33:30 (bruto)

2009: 32:14 (+0:37) 1,88% 2010: 32:04 (+0:47) 2,38%  2011: 30:28 (+2:23) 7,26%
2012: 30:58 (+1:53) 5,73%  2013: 29:46 (+3:05) 9,39%

Velocidade Média: 10,96 km/h (3,05 m/s)  Passo: 5:28down(-12,04%)

Pontos (Tabela Húngara): 102

Temperatura: dia claro, 20ºC

Valor da Inscrição: R$ 20,00

Número de peito: 3689

Tênis: Asics Gel Pulse amarelo/preto (21)

 

Colocações:

Geral: 622º (de 1553) 40,05%

Masculino: 545º (de 960) 56,77%

Categoria 40-44 anos: 71º (de 121) 58,68%

 

Resultado na Web:

http://www.corridadalongevidade.com.br/Sao_Jose_dos_Campos_-_2014/#dialogResult

 

Medalha: ok

 

Camiseta: ok

 

Foto:

 

Álbum de fotos (Facebook)

 

Relato:

Não parei um instante depois que cheguei a Aparecida no domingo anterior. Tive uma semana daquelas. Nos dois dias que se seguiram ao treinão de 42 km (que, para mim, teve “só” 36), ao invés de descansar, tive que trabalhar a pé... Carro velho, vira e mexe deixa a gente na mão e procurando peças que não existem mais (ou, se existem, custam uma pequena fortuna). Quer mais? Começou enfim a minha mudança de endereço, esperada há meses. Aquela loucura toda que é levar a vida toda (e as tralhas todas!) da gente de um lugar para outro. Mais outra ainda? A semana foi a da data-limite para a implantação da tal lei “De olho no imposto”, que obriga as empresas a exibirem em seus impressos fiscais o valor estimado dos tributos. A maior parte dos meus clientes já tinha se antecipado, mas sempre têm aqueles que deixam para a última hora. Foi uma correria doida, no pior dos sentidos possíveis.

 

A correr mesmo, só fui voltar na sexta-feira à noite, um trotezinho levíssimo de uns 11 km. Mas, se o corpo até teve algum repouso nesse ínterim, a cabeça, simplesmente nenhum. Quando cheguei ao parque, naquele final de semana de surpreendente veranico, depois de alguns dias de friaca das bravas, ainda saia fumacinha preta do cocuruto. Nem mesmo o alívio que era não ser o responsável por nada além de simplesmente correr, ao contrário do domingo anterior (em que fui mais Posto Ipiranga do que nunca!), serviu para esfriar totalmente a moringa.

 

Os malucos do asfalto, além de 100 Juízo, seriam também 100 teto nessa bonita manhã dominical. Nossas tendas, depois de relevantes serviços prestados nos últimos anos, estão em estado terminal, precisando de urgente substituição. O que será providenciado para muito em breve. Mas foi mais uma mostra cabal da união deste grupo, que não precisa de luxo algum para ficar junto. Estrutura é bom e a gente gosta, mas o que vale mesmo é o companheirismo. Nada, nem mesmo a simplicidade ainda mais extrema, tirou a alegria dessa galera nota mil.

 

 

A retirada dos kits, como de costume, havia sido providenciada com tranquilidade na véspera, logo, não havia muito a fazer que não colocar as fofocas em dia com a rapaziada. Receberíamos as visitas ilustres dos amigos João Ávila e Egídio, que já são de casa. E do casal Luiz França (o célebre Cantor Corredor, que me presenteou com o CD de sua autoria, “Tudo que eu sempre quis ter”) e Kelly. A “tenda” bombou. Foi difícil conseguir tirar a foto exclusivamente verde-amarela, só com camisetas remanescentes do 4º Treino da Fé.

 

 

Meu número de peito indicava “setor C” e lá fui eu me posicionar para a largada. A muvuca parecia grande (e era), mas consegui me espremer e achar um espacinho para não precisar começar do lado de fora da grade. Às oito em ponto fomos liberados para correr pelo retão das palmeiras, em direção ao Pavilhão Gaivotas e à saída lateral do parque. Sem treinos e nem muito pique para disparar, só segui o fluxo, tentando fazer mágica... Ou omelete sem ovos. O resultado do ano anterior, um sub-30’, tinha cara de missão impossível para o momento. Mas eu me daria por satisfeito com alguns segundos, não muitos, acima disso.

 

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Foto: Aline Andrade Run

 

Precavido, continuei pelo estacionamento externo, sem grandes pretensões ou aceleração. Fazendo várias ultrapassagens, já que, como sempre, o povo quer porque quer largar lá da frente, nem que seja para caminhar antes do primeiro quilômetro. Mas numa toada com toda pinta de 5’/km redondos, não menos que isso. Precisaria confiar na precisão das placas; deixei para acionar o GPS de última hora e acabei começando o percurso sem sinal algum. E passei pela primeira delas, rente à Avenida Olivo Gomes, antes da guinada à direita para a estradinha que nos levaria de volta ao parque, ratificando minha impressão: cinco minutos cravados. Nem apertei o botão split. Tentei seguir guiado pela minha própria percepção de esforço.

 

Triste foi constatar, logo cedo, que até mesmo esse ritmo relativamente modesto para meus padrões seria difícil de manter. O fôlego ficou curto, as pernas pareciam amarradas com correntes. Aproveitei o trecho em declive para ganhar alguma velocidade, mas na reentrada e começo das trilhas do parque, já percebi que precisaria diminuir bastante para não quebrar. Passei pela marca do km 2 com o cronômetro oficial marcando alguns segundos acima dos dez minutos; e o meu relógio, 9’46’’. Com uma sensação de que os quatro quilômetros restantes seriam bem longos...

 

Deixara passar batido o primeiro posto de hidratação sem remorso. Dois em um trajeto de 6 km, ainda mais naquela temperatura amena, eram luxo. Um me bastaria. Mas cheguei ao ganchinho pouco antes do km 3 de língua de fora, apelando pela primeira vez para uma caminhadinha estratégica. Difícil é fazer isso anonimamente, pelo menos nas provas caseiras. Sempre tem aquele amigo querendo saber o que está acontecendo. Complicado explicar ali na hora. Complicado até entender, aliás.

 

Se a primeira metade do percurso, mesmo com dificuldades notórias, havia sido dentro da meta, o mesmo infelizmente não poderia ser dito da segunda. Travei, simplesmente travei. Fui perdendo uma a uma as posições ganhas no início e mais algumas. Tentando acompanhar os amigos que chamavam para ir junto, mas sem qualquer chance de conseguir fazê-lo; era um pique e uma desistência. Tive o cuidado de nem olhar para o relógio nos dois quilômetros seguintes, para não desanimar de vez. E só segui em frente, fazendo o pouco que estava ao alcance no momento. Só do 5 km em diante é que voltaria a correr sem interrupções. Mas num ritmo quase de corrida de montanha. Não era mesmo o meu dia.

 

Foto: Aline Andrade Run

 

Depois de fazer aqueles volteios todos, já vendo o pórtico e um bocado de gente chegando antes, apontei na reta certo de que os quase 33’ seriam, mesmo em uma prova em que nunca consegui me destacar, a pior entre todas as minhas seis participações. Não daria outra. Bateu uma certa vontade de abrir um buraco e enfiar a cabeça na terra, ainda mais depois de ouvir a (bem sacada!) brincadeira de um amigo, de que eu deveria ter pegado a medalha azul, a da caminhada. Mas passou logo. Foi o que consegui fazer, num dia em que não estava com corpo e nem tampouco cabeça para correr. Não tenho porque me envergonhar disso. E sei que posso e consigo fazer bem melhor.

 

Peguei a medalha (vermelha), as frutas avulsas e o isotônico. E voltei à “tenda” para a tradicional celebração com a família e os amigos. Não tinha o que comemorar em termos esportivos, mas também não estava chateado com isso. O clima é sempre de festa. Mimimi pra quê?

 

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Foto: Alex Leco Marini

 

Colocando as coisas, o descanso e a cabeça em ordem, conseguindo treinar com regularidade, voltando a ter um pouco de rotina (como faz falta!), tenho certeza de que posso fazer corridas muito melhores do que essa. E farei.

 

P.S: aconteceu, no mesmo dia, uma corrida infantil, a 2ª Kids Run, também em São José dos Campos. Iniciativa mais que louvável, mas é uma pena que os organizadores não tenham atentado para o detalhe da realização de outro evento deste porte. Custa fazer no sábado?

 

Percurso:

São José dos Campos - 2014

 

Altimetria:

São José dos Campos - 2014

 

Gostei: ok

de correr pela sexta vez uma prova bem organizada e com custo x benefício imbatível; da largada pontual, da medalha, da camiseta

 

Não gostei: nok

da única coisa da qual se pode falar mal nessa prova: o pódio apenas no geral, deixando as categorias com troféu sem pódio

 

Avaliação: (1-péssimo 2-ruim 3-regular 4-bom 5-excelente)
- Inscrição: 4 (internet, boleto)
- Retirada do kit pré-prova: 4 (tranquila, mas só na véspera)
- Acesso: 4,5 (estacionamento mais tranquilo que em edições anteriores)
- Largada: 5 (pontual, separação por ritmo, dispersão rápida)
- Hidratação: 4,5 (postos suficientes e bem distribuídos, mas só de um lado)
- Percurso: 5 (mantido e aprovado)
- Sinalização: 5 (placas visíveis, a segunda com cronometragem digital)
- Segurança/Isolamento do percurso: 5 (sem problemas, até porque o lugar ajuda)
- Participação do público: 4,5 (a sacada da caminhada depois ajuda nisso)
- Chegada/Dispersão: 5 (sem problemas)
- Entrega do kit pós-prova: 4 (método self-service, difícil de carregar)
- Qualidade do kit pós-prova: 5 (muito bom pelo custo)
- Camiseta: 4,5 (continua bonita, com tecido de qualidade e incrivelmente parecida com as anteriores)
- Medalha: 5 (a mais bonita das seis edições)
- Divulgação dos resultados: 5 (no mesmo dia, por tempo líquido e em formato de lista)

Média: 4,67

Links sobre a prova:
http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/bom-dia-vanguarda/videos/t/edicoes/v/atletas-amadores-participam-de-corrida-em-sao-jose-dos-campos/3402665/


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